Sem amor-próprio não é possível encontrar a felicidade, o sucesso e a realização pessoal. Você pode considerar esse um tema clichê em virtude da sua popularização nos últimos anos.
Todavia, a razão por ele estar sempre em alta é simples: cultivá-lo nunca deixará de ser importante
O que é amor-próprio?
Amor-próprio é o apreço nutrido por si mesmo.
É a aceitação das qualidades, defeitos, conquistas, fracassos, escolhas e experiências de vida em sua plenitude.
Quem se ama compreende que é imperfeito e pode errar, além de estar disposto a melhorar sem interferência do orgulho.
Esse termo também diz respeito ao autocuidado que temos connosco, referente ao nosso corpo, mente e alma.
Ele independe da aparência, origem, situação financeira, nível de escolaridade e demais variáveis externas.
Todas as pessoas podem amar a si mesmas, independente de suas situações de vida.
Por que é tão difícil desenvolver o amor-próprio?
Uma das tarefas mais difíceis da existência humana é cultivar o amor-próprio.
Um artigo da Psychology Today explica porque algumas pessoas preferem ficar tristes a buscar a felicidade.
Segundo o doutor David Sack, é possível se tornar viciado em infelicidade.
Esse vício é alimentado pela falta de autoestima, vestígios de uma criação rígida ou de traumas, transtornos mentais, padrão de pensamento pessimista, medo de se relacionar e ser amado, insatisfação com a vida, culpabilidade, entre outros.
De uma forma ou de outra, o amor-próprio está relacionado com todos esses incômodos emocionais.
Como ter uma boa autoestima, permitir-se abandonar o passado problemático, viver com vontade e estabelecer relacionamentos duradouros se você não se ama?
A falta de amor-próprio resulta na crença de não merecimento. As pessoas passam a acreditar que não merecem ser plenamente felizes e abraçam a depressão.
Para mudar essa crença, é necessário passar por uma (quase) extraordinária transformação pessoal. Essa, por sua vez, esbarra em muitos obstáculos.
Infelizmente, a tendência de muitos seres humanos ainda é gostar do que é cômodo mesmo que não seja saudável.
Eles se agarram a autocrítica, falta de esperança e a infelicidade. Por isso, é preciso escolher desenvolver o amor-próprio e persistir quando você descobrir um defeito (ninguém é perfeito) ou falhar de alguma forma (todo mundo erra).
Por que se amar é a chave do sucesso?
O amor-próprio é o pilar da autoestima, autoconfiança e autoconhecimento.
Sem ele, não conseguimos desenvolver essas três competências e aproveitar todos os benefícios de vivenciá-las em seu ápice.
Além disso, quando nos amamos, cuidamos não apenas da nossa saúde mental, mas também da física e da emocional.
Muitas vezes, essa necessidade é transferida para os entes queridos. Queremos que os nossos pais, irmãos, filhos, parentes, amigos e parceiro(a) estejam sempre saudáveis, dispostos e, principalmente, felizes.
Ajudamos as pessoas queridas de nossa vida a comer bem e a se exercitarem com regularidade, os incentivamos a adquirir mais conhecimento e a realizar seus sonhos, e os elogiamos e os abraçamos nos momentos difíceis.
Infelizmente o mesmo zelo não é dedicado a nós mesmos.
Na verdade, o descaso com os nossos sentimentos tende a ser maior. Muitas pessoas ignoram os sinais de estresse enviados pelo corpo, trabalham mesmo estando psicologicamente esgotados, se submetem a relacionamentos tóxicos e ignoram os seus desejos.
Além de prejudicial, essa conduta não faz sentido. Só conseguimos ser bons para os outros quando somos, em primeiro lugar, connosco mesmo.
O amor-próprio é o caminho para a realização pessoal que, por sua vez, leva a uma vida mais leve em todos os sentidos, atraindo relações interpessoais sadias, oportunidades, vitórias profissionais, felicidade cotidiana, entusiasmo inabalável pela vida, novos amores, e muito mais.
Como ter mais amor-próprio?
Você pode dar início à sua jornada do amor-próprio em qualquer momento.
Basta somente querer se amar e aceitar que o caminho pode ser longo, muitas vezes para o restante da sua vida.
Se você tem mania de autocrítica, quebrar esse hábito ineficiente será um pouco trabalhoso, mas não impossível.
As dicas abaixo vão ajudá-lo a dar início a essa trajetória cujo único destino é a felicidade.
Coloque-se em primeiro lugar
As pessoas que se acostumam a fazer somente o que os outros querem ficam doentes em pouco tempo.
A negligência de seus desejos pessoais pode conduzir à depressão, esgotamento mental ou ansiedade. Por não se permitirem desfrutar de pequenos prazeres conforme os seus próprios termos podem viver “de mal com a vida” ou se tornarem apáticas.
As suas necessidades e desejos devem ser prioridades.
Aliás, você consegue se lembrar da última vez que se permitiu descansar ou fazer algo somente para benefício próprio?
Todas as pessoas precisam ter períodos de relaxamento e de diversão em suas vidas. Eles proporcionam bem-estar e fazem a manutenção da saúde mental.
Além disso, colocar-se em primeiro lugar significa saber o momento certo de dizer “não” para prevenir a sobrecarga de emoções e o cansaço físico, ignorar conselhos que visam controlá-lo em vez de ajudá-lo e correr atrás de seus objetivos, independente se você possui torcida ou não.
Conheça os seus limites
Tornar-se a prioridade número um em sua vida requer descobrir os seus limites para, então, fazer imposições quando necessário.
Você pode ser benevolente e ajudar as pessoas, é claro. O problema dessa postura se encontra no excesso de atenção no outro.
Quando você passa a se prejudicar em prol de outras pessoas, precisa avaliar os seus limites pessoais.
Estabeleça limites que o ajudem a escolher quais ocasiões são benéficas para você, quais são ligeiramente desgastantes, mas suportáveis, e quais estão fora de cogitação.
Em outras palavras, definir limites é o mesmo que ensinar as pessoas como elas devem tratá-lo.
Antes de iniciar esse exercício, no entanto, saiba que os seus limites são diferentes dos de outras pessoas.
É devido a essa diferença que às vezes nos incomodamos com alguma situação e um amigo nosso não, mesmo passando pela mesma experiência.
Não se pressione para ser igual a terceiros, pois cada um sabe o que é melhor para si.
Perdoe os seus erros
Todos nós erramos, sem exceção.
Os erros acontecem porque não somos criaturas perfeitas, capazes de prever o futuro e controlar cada detalhe dos acontecimentos.
A aversão a eles, comum nas pessoas perfeccionistas ou que têm medo de conflitos, causa estresse e ansiedade.
Nos concentramos para nunca sair da linha e, quando isso acontece, o coração acelera e o estômago se revira.
Logo, o nosso carrasco interno aparece, pronto para jogar todos os erros na nossa cara e reforçar a crença de não merecimento.
Esse ciclo é propício para o surgimento de transtornos mentais.
Compreenda que os erros são benéficos.
Eles nos ajudam a modificar comportamentos e a redobrar a atenção para áreas que deixamos passar despercebidas. Ou seja, impulsionam o nosso crescimento pessoal.
Perdoe as suas falhas, palavras expressas com agressividade e atitudes inadequadas. Dessa forma, você conseguirá manter a sua atenção no presente.
Pedir perdão para alguém ao errar também não é o fim do mundo.
A resistência para assumir a responsabilidade pelos erros é culpa do orgulho.
Este sentimento nos impede de reatar relacionamentos e desempenhar melhor durante a segunda chance nos dada.
Portanto, ignore aquela vozinha em sua cabeça que afirma que não vale a pena pedir perdão.
Encontre um propósito
O que faz o seu coração palpitar?
Um propósito de vida tem a capacidade de nos deixar sempre alegres, além de nos motivar a sair da cama todos os dias.
Abraçar um propósito, também conhecido como sonho ou aspiração, e correr atrás das etapas para que ele se torne realidade é um sinal de amor-próprio.
Afinal, você se permite fazer algo que sempre quis e que injeta motivação e alegria em suas veias.
Se você não tem ideia do que poderia ser o seu propósito, não se preocupe.
A falta de conhecimento é uma oportunidade para você experimentar diversos pequenos propósitos até encontrar o seu.
Aceite que você é único
Abafe a necessidade de se comparar.
A sua história é única e em nada deve se assemelhar a do seu próximo.
Você pode chegar a caminhos sem saída e precisar recomeçar mais de uma vez, e isso não faz de você um fracassado. Cada um tem uma história pessoal e uma bagagem própria de experiências de vida.
Portanto, aceite que você é especial do jeito que é.
Não se cobre para ter uma história semelhante à de uma personalidade de sucesso ou a alguém digno de sua admiração.
Caminhe com os seus próprios pés, fazendo uso de suas competências e qualidades. via: vittude