A vida não é fácil para ninguém e está sempre nos desafiando com obstáculos pelo caminho. Mas mesmo com todas as dificuldades, tem pessoas que conseguem tirar o melhor de situações que facilmente incapacitariam alguns de nós.
São histórias de superação como a de Ricardo que nos servem como grandes lições de vida. Hoje com 31 anos, Ricardo César Ramassoti foi diagnosticado com câncer aos 9 anos de idade, e em decorrência da doença, ele perdeu os movimentos das pernas. A sua condição de cadeirante não o impediu de seguir uma vida normal e hoje trabalha como pedreiro para sustentar sua família.
Hoje, com 4 anos de experiência na profissão de pedreiro, ele faz de tudo em uma obra, desde assentar pisos até levantar paredes. Em seu currículo, ele conta com mais de 100 casas construídas, e se orgulha da profissão que herdou do pai que também era pedreiro. Pai que ele perdeu três meses após perder o movimento das pernas. Época em que ele recorda como uma das mais difícil da sua vida: “Foi complicado. Entrei em depressão por causa disso, fazia três meses que meu pai tinha falecido quando eu fiquei na cadeira de rodas. Muitos problemas de saúde”, contou, em entrevista ao G1.
Com 16 anos, ele enfrentou outra complicação de saúde e chegou a ficar em coma se alimentando somente por sonda. Ao sair do coma, ele então resolveu encarar a vida e não seria uma cadeira de rodas que o limitaria.
Foi técnico de informática, montador de móveis e pintor, desempenhando todas as funções na sua cadeira de rodas. Até encontrar no trabalho como pedreiro a sua vocação.
A inserção na profissão de pedreiro veio através do irmão, Cristiano Ramassoti, que é empreiteiro. Ele conta que aprendeu um pouco na infância, quando seu pai o levava junto ao irmão para as obras. Hoje ele faz de tudo na obra, o que causa espanto nas pessoas devido sua condição de cadeirante. Mas seu irmão garante: “Não tem embaraço no trabalho. Ele sobe no telhado se precisar subir, na escada, às vezes até mais rápido que a gente.
E é com o fruto do seu trabalho que ele sustenta a mulher e a filha de 4 anos, na cidade de Morro Agudo, no interior de São Paulo. Para Ricardo, a deficiência nunca foi motivo para desistir e desaminar, e ele garante que a fórmula para superação é se adaptar. “Você entra em um mundo de uma deficiência e precisa aprender a sobreviver naquele mundo. Tem que se adaptar no dia a dia e, com a graça de Deus, eu soube aprender a me adaptar nesse mundo”, afirma Ricardo.
Uma história de força e superação que pode inspirar muitas outras pessoas que se encontram na mesma situação. via:fatosdesconhecidos