O ruído excessivo está presente em diversos aspetos do nosso dia a dia, desde o tráfego intenso nas grandes cidades até sons específicos, como o barulho de motos com escapamentos modificados, que produzem níveis sonoros ainda mais elevados.
O impacto do ruído vai muito além do desconforto: ele pode causar sérios problemas de saúde. A exposição prolongada a sons altos e constantes afeta o sistema cardiovascular, metabólico e até mesmo a saúde mental.
A seguir, vamos explorar quatro doenças que podem ser desencadeadas ou agravadas pela exposição ao ruído.
1) Acidente Vascular Cerebral (AVC)
A exposição contínua ao ruído, especialmente em áreas urbanas, pode aumentar o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso ocorre porque o ruído constante eleva os níveis de stresse e causa um aumento persistente da pressão arterial. Estudos mostram que o stresse sonoro afeta o sistema nervoso autónomo, levando a uma maior produção de hormonas como o cortisol, que aumenta o risco de derrames.
Como evitar: Evitar ambientes com níveis sonoros elevados e adotar medidas de proteção, como o uso de protetores auriculares em locais ruidosos, pode reduzir esse risco. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável, com controle da pressão arterial e prática de atividades físicas.
2) Infarto do Miocárdio (Ataque Cardíaco)
Outro efeito sério da exposição prolongada ao ruído é o aumento do risco de infarto. Ruídos constantes, como os de tráfego ou motos com escapamentos barulhentos, estão associados a uma elevação crónica dos níveis de stresse, que sobrecarrega o coração. A tensão constante provocada pelo ruído pode resultar em inflamação nos vasos sanguíneos, facilitando a ocorrência de infartos.
Como evitar: Reduzir a exposição ao barulho, buscar momentos de silêncio e descanso em ambientes mais tranquilos e garantir uma boa qualidade de sono são ações fundamentais. É importante também monitorar a saúde cardiovascular, fazendo check-ups regulares.
3) Diabetes Tipo 2
O stresse provocado pela exposição ao ruído excessivo também pode impactar o metabolismo e os níveis de glicose no sangue. O cortisol, hormónio do stresse liberado em situações de ruído constante, interfere no metabolismo da insulina, aumentando o risco de desenvolvimento de Diabetes Tipo 2. Além disso, a má qualidade do sono, muitas vezes comprometida pelo barulho, contribui para a resistência à insulina.
Como evitar: Garantir um ambiente silencioso, principalmente durante a noite, é fundamental para manter a saúde metabólica. Investir em atividades que promovam o relaxamento e o controlo do stresse, como meditação ou ioga, também ajuda a prevenir essa condição.
4) Colesterol Alto
A exposição a ruídos altos também pode influenciar negativamente os níveis de colesterol. Quando estamos expostos a ruídos elevados, o corpo responde com um aumento de hormonas do stresse, como o cortisol e a adrenalina, que podem aumentar os níveis de colesterol LDL (o colesterol “ruim”). Esse aumento pode, com o tempo, levar ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares, como aterosclerose e doenças cardíacas.
Como evitar: Praticar uma alimentação equilibrada e rica em fibras, reduzir a ingestão de gorduras saturadas e praticar exercícios físicos são regularmente medidas essenciais para o controlo do colesterol. Além disso, evitar o stresse sonoro, buscando ambientes mais tranquilos, pode contribuir para manter os níveis de colesterol sob controlo.
A exposição excessiva ao ruído vai além dos problemas auditivos. Pode causar sérios problemas de saúde, afetando o coração, o metabolismo e a pressão arterial. Sons altos, como o de motos com escapamentos modificados, são mais prejudiciais do que imaginamos.
Proteger-se de ambientes ruidosos e adotar hábitos saudáveis são as principais formas de evitar o impacto negativo do som em excesso. Proteger a sua saúde significa, também, cuidar do ambiente sonoro em que você vive. veja mais AQUI>>